Como eu invisto o meu dinheiro

Neste post vou partilhar contigo como é que eu invisto o meu dinheiro. Espero que te inspire e que percebas que este não é um mundo assim tão complexo nem tão arriscado como as notícias de investimentos e as pessoas que ouves a falar disto na rua o fazem parecer.

Primeiro, não posso deixar de referir a importância que teve na minha vida o ter sempre sido poupada. Nunca na vida pensei em ter dívida de cartão de crédito e sempre fui muito consciente dos meus gastos. Tenho a agradecer aos meus pais e ao contexto onde cresci por isso!

Ao mesmo tempo, o dinheiro sempre me atraiu. Não no sentido de querer ser super rica, mas, sim, porque ele era um tema de conversa recorrente e com muitas emoções negativas associadas. Se queres saber mais sobre como me comecei a interessar pelo dinheiro já na escola primária podes ler este post. Sentia que as pessoas eram muito limitadas pelo dinheiro e eu não queria sê-lo. Queria ser livre!

Talvez por isso tenha estudado Economia e Finanças e tenha decidido começar logo a trabalhar na área da Banca de Investimento. No entanto, desengane-se quem ache que comecei logo a investir! Eu não era organizada financeiramente nos meus primeiros anos de trabalho e por isso mal conseguia poupar. Achava normal, porque, na realidade, era assim que vivia toda a gente! Conclusão, não me sobrava dinheiro nenhum ao fim do mês para investir.

Rapidamente me apercebi que estava quase tão dependente do dinheiro como quem tem dívidas! Eu precisava daquele salário mensal todo para pagar as minhas despesas mensais e, além disso, não tinha nenhuma poupança! Comecei a ouvir falar do movimento FIRE, de pessoas que conseguiam poupar, investir e até viver dos retornos dos seus investimentos e, em 2014, dei uma volta de 180º na minha vida.

Comecei a anotar os meus gastos, a poupar (se queres saber mais sobre a minha estratégia de poupança podes ver este e-book), a procurar um emprego com um salário mais elevado e a pensar em começar a investir.

Criei o meu fundo de emergência, que eu gosto de chamar de fundo de liberdade, e comecei à procura de imóveis para comprar. Estava obcecada com investimento imobiliário, sabia tudo, lia livros, ouvia podcasts e já tinha um estratégia muito clara. Comprei o meu primeiro imóvel em construção e foi, sem dúvida, o melhor investimento que fiz até hoje. Claro que fui alvo de inúmeras críticas por parte de pessoas próximas de mim e levei com muitos “conselhos” e “avisos” não requisitados. Tudo gente que achava que eu não sabia nada do assunto e queriam “ajudar”. Cuidado com os conselhos não solicitados, não os tomem como certos! Se eu tivesse dado ouvidos a esses conselhos, hoje não teria o que considero ter sido o melhor investimento da minha vida.

Entretanto, comecei também a fazer o que eu achava que era investir em bolsa. Não era investimento porque eu estava focada no ganho de curto prazo. Era mais um jogo do que propriamente investimento! Rapidamente me apercebi que não quero viver a vida a olhar para os meus investimentos todos os dias, com medo de os perder, e que queria uma estratégia de longo prazo com risco moderado. Foi então que conheci o maravilhoso mundo do investimento passivo e dos ETFs e me apercebi que não é preciso uma estratégia muito arriscada para ganhar um bom dinheiro em bolsa.

Ao mesmo tempo que ia estudando e começando a investir em bolsa, continuava maravilhada com o mundo do imobiliário e com as oportunidades que existiam nos centros das cidades em Portugal. Toda a gente dizia que os preços estavam incrivelmente altos mas a realidade é que continuaram a subir a pique desde aí. Comprei outro imóvel, desta vez recorrente a crédito, já mais caro do que o primeiro, mas as contas ainda faziam sentido. Ainda era um investimento com muito bom retorno, segundo os meus cálculos! E assim foi, até o ano 2020, em que os retornos reduziram-se significativamente, mas, mesmo assim, tive cerca de 2.5% líquido de retorno. Nada mau para um ano de crise!

Espero que não estejas desiludida pelo facto dos meus investimentos não serem uma loucura, mas sim, relativamente aborrecidos:

1 – Imobiliário: 2 apartamentos

2 – ETFs generalistas

3 – Uma pequena percentagem de ações individuais: só comecei a investir mais consistenemente desta forma há cerca de 1 ano atrás e é apenas porque me interessa pessoalmente este mundo dos investimentos.

Mesmo num ano mau como foi 2020 para o meu investimento imobiliário, consegui ter um rendimento dos meus investimentos equivalente a metade das minhas despesas mensais. Espero daqui a poucos anos conseguir que este rendimento cubra a totalidade das minhas despesas mensais. E, lembra-te, só comecei há 6 anos atrás! E tu, sabes qual é o valor da tua independência financeira?

 

[Se queres saber mais sobre poupar e investir, motivar-te e crescer em conjunto com outras mulheres ambiciosas, junta-te à Comunidade do Finanças no Feminino, a Comunidade que eu gostaria de ter tido quando comecei esta viagem de dominar o meu dinheiro e começar a investir]

 

 

Disclaimer: A autora do blog Mais Que Poupar não está registada como analista financeira nem como consultora autónoma, não providenciando recomendações de investimentos. Qualquer decisão de investimento seguindo os conhecimentos adquiridos através deste site são da exclusiva responsabilidade do leitor. Todo o conteúdo presente neste blog tem apenas fins informativos e educacionais e não constitui uma recomendação ou qualquer tipo de aconselhamento financeiro.

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